Sunday, October 24, 2010

Qual o Preço ?!


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Qual o preço ?

Preço !

Preço alto...

Qual o preço da individuação do ser humano ?


Qual o preço de descobrir-se como ser único e singular na Criação Divina ?

Alto !

Alto preço...

Qual o preço de descobrir-se cada vez mais maduro em um mundo superficial e fútil ?

Qual o preço ?

Alto...

Qual o preço de descobrir-se como uma árvore com raízes fortes, profundas, longas, que se espalham abaixo por uma longa profundidade ? raízes intensas, fortes...

Preço alto !

Qual o preço de só aceitar relacionamentos sadios, inteiros, verdadeiros, significativos, íntegros e profundos ?

Alto preço !

Qual o preço quando se sente com a profundidade e maturidade de um ser que já fez longas e árduas caminhadas dentro de sua própria alma ?

Alto !

Qual o preço de cada vez mais aplicar-se o “Conhece-te a ti mesmo” ?

Qual o preço de se conhecer a si próprio, sua alma, seus reais e profundos sentimentos, seus verdadeiros sonhos ?

Qual o preço de descobrir, cada vez mais, o que realmente e verdadeiramente alimenta a sua alma, e o que a aprisiona e a paralisa ?

Qual o preço de sentir-se uma árvore com raízes profundas em um mundo onde grassam arbustos quase sem raízes, arbustos que não lançam suas raízes para as profundezas, arbustos com raízes tão frágeis que à menor erosão, se encolhem...?

Qual o preço de se dar valor ao que realmente deve ser valorizado ?

Qual o preço de se valorizar o eterno, o duradouro, o permanente em um mundo em que se valoriza o efêmero, o passageiro e transitório ?

Qual o preço da liberdade de ir e vir, da liberdade de expressão, da liberdade de ter opinião própria, pensamentos próprios e agir de acordo com estes pensamentos em um mundo que valoriza a mesmice, a cópia, a padronização de pensamentos e ações ?

Qual o preço de se ser livre ?

Livre de convenções...

Livre de massificações...

Livre de padronizações...

Livre da “moda” vigente...

Livre de preconceitos...

Livre de estereótipos...

Livre de rótulos...

Qual o preço que se paga ?

Alto !

Mas, embora seja solitário sentir-se como uma árvore de raízes profundas neste mundo fútil e superficial...

O alimento que pode ser resgatado das entranhas das profundezas da terra da alma, através destas raízes profundas e vigorosas...

Alimenta a alma...

Com o permanente

Com o realmente significativo...

Com o que realmente não tem preço:

O descobrir-se a luz interna, o deus interno, a singularidade de ser um ser único em um Universo criado por Deus !

E a solidão e tristeza de saber que todos e cada um dos filhos do Pai Criador são únicos e singulares, mas uma maioria se contenta em levar uma vida superficial...

Arbustos com raízes frágeis e pequenas, sem alimento próprio, sem sustentação, que à menor ventania se quebram e são levados pela roda viva desta civilização não pensante e massacrante...

Prefiro pagar o alto preço...

E conquistar o que não tem preço...


Rose Ramos (22/05/2008)

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